Os pesquisadores descobriram que as "impressões digitais" químicas no
sangue, conhecidas como metabólitos, deixadas como resultado de
mudanças moleculares ainda antes do nascimento ou durante a infância,
podem fornecer pistas sobre o estado geral de saúde no longo prazo e
também sobre a taxa de envelhecimento.Ao estudar gêmeos, os cientistas
encontraram um grupo de 22 metabólitos ligados ao envelhecimento. Um
destes, considerado como uma nova descoberta, está ligado a traços como
função pulmonar, densidade mineral dos ossos e também fortemente ligado
ao peso no momento do nascimento, um fator conhecido que determina a
saúde durante o envelhecimento. Segundo os pesquisadores, os níveis deste novo
metabólito, que podem ser determinados ainda na gravidez e afetados pela
nutrição durante o desenvolvimento da criança, podem refletir um
envelhecimento acelerado. De acordo com os cientistas, no futuro será
possível identificar estes marcadores de envelhecimento com um simples
exame de sangue, o que poderá fornecer mais informações sobre a
expectativa de vida e abrir caminho para o desenvolvimento de
tratamentos de doenças relacionadas a esta época da vida de uma pessoa. "Cientistas sabem há muito tempo que o peso de
uma pessoa no momento do nascimento é um fator importante para a saúde
na meia-idade e velhice e que pessoas que nascem com peso baixo são mais
propensas a doenças relacionadas à idade. Até agora os mecanismos
moleculares que ligam o baixo peso ao nascer com saúde e doença na
velhice ainda eram evasivos, mas esta descoberta revelou um dos caminhos
moleculares envolvidos", afirmou Tim Spector, chefe do Departamento de
Pesquisa com Gêmeos do King's College de Londres.
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