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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Escravidão...Brasil resgata mais de mil trabalhadores em 2015 de condições de escravidão
O Ministério do Trabalho e Previdência Social resgatou 1.010 
trabalhadores em 2015 que estavam em condições análogas à escravidão. As
 140 operações feitas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel e por 
auditores fiscais do trabalho identificaram trabalhadores nessa situação
 em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados, segundo balanço do 
ministério divulgado para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho 
Escravo, lembrado hoje (28). Segundo a pasta, mantendo a 
tendência de 2014, a maioria das vítimas de trabalho escravo no Brasil 
foi localizada em áreas urbanas, que concentraram 61% dos casos (607 
trabalhadores em 85 ações). Nas 55 operações feitas na área rural, 403 
pessoas foram identificadas. Segundo o presidente do Sindicato 
Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Silva, os 
resgates na área urbana aconteceram principalmente em empresas dos 
setores da contrução civil e têxtil. “E, mais recentemente, também 
identificamos problemas na área marítima, com a ocorrência dessas 
condições indignas para o ser humano em navios cruzeiros, onde temos 
também trabalhadores estrangeiros”, acrescentou. Para Silva, o 
enfrentamento ao trabalho escravo ganha outros desafios, com grande 
influência política e econômica dos empresários. “A chegada da luta na 
área urbana gerou uma resposta tão forte do capitalismo, a ponto de 
ameaçar dois grandes instrumentos que temos”. Ele informou que está em 
tramitação no Congresso Nacional o Projeto de lei do Senado nº 432,
 de 2013,  que “diminui o conceito do trabalho escravo, retirando dele 
todo trabalho degradante e jornada exaustiva. Isso é um grave e 
perigosos retrocesso”. A lista suja
 com os nomes das empresas exploradoras de trabalho escravo foi outro 
instrumento perdido nesse combate, segundo Silva. “O presidente do STF 
[Supremo Tribunal Federal], à época o ministro [Ricardo] Lewandowski, 
alegava a inexistência de previsão legal e constitucional para 
divulgação dessa lista suja, que já foi reconhecida internacionalmente 
pelas Nações Unidas como uma das medidas de exemplo para o mundo na luta
 pela erradicação do trabalho escravo”, disse.
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