"Tivemos
que resolver o problema de duas mortes. A
morte do Celso e a morte simbólica da maioria dos nossos antigos companheiros
do PT. Apesar de todas as evidências, o PT sustentou a tese do crime comum.
As promessas e os compromissos de agir
nunca foram concretizados". Entre os antigos membros do partido,
Bruno destaca apenas três que, segundo ele, não "morreram"
politicamente: "cito três honrosas exceções de lideranças petistas:
Ricardo Alvarez (ex-vereador em Santo André, hoje no PSOL), Hélio Bicudo (sem
partido) e Eduardo Suplicy (senador)".Bruno José Daniel Filho é professor
de economia e se viu obrigado a sair do país após receber diversas ameaças a
partir de 2005. O irmão do prefeito classifica a atuação da Justiça nesse
caso como frustrante. "O assassinato de meu irmão e a evolução das
investigações são emblemáticos. Dez anos depois, muitos morreram, o trabalho da
polícia foi muito ruim e apenas um dos indiciados foi a júri popular. A investigação e os indiciamentos do
Ministério Público sobre a obtenção ilícita de recursos para financiar
campanhas e enriquecer a alguns ilicitamente não deram lugar a qualquer
condenação. De lá para cá, nenhuma mudança no sistema de financiamento de
campanhas surgiu e os escândalos não param de ocorrer", desabafou Bruno, que agora tenta retomar a
vida no Brasil.
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