Começa
a temporada das lavagens da Bahia. São algumas tradicionais como é o caso da
mais que centenária, lavagem das escadarias da igreja do Bonfim. Que na verdade
é uma festa que as autoridades
transformaram num pré-grito de Carnaval. Até membros de Escolas de Samba do Rio
de Janeiro, estiverem presentes com mulheres seminuas, desfilando pelas ruas da
cidade Baixa. Lembro-me que há uns 10 ou mais anos atrás, os homens fortes da Igreja Católica,
discutiam que não era possível ter a festa religiosa, misturada com a parte profana.
E agora? Profanou de vez. São mascarados, mini trios, batucadas, blocos
de sujos, políticos, tudo para chamar atenção dos turistas. Não sou contra
fazer algumas modificações, mas descaracterizar uma festa tradicional que era
na verdade promovida pelo povo, já é um pouco fora do limite. Ficou parecida com as famosas micaretas que
se espalhavam pelo Brasil. Os padres da Igreja Católica nem se quer se manifestam
sobre o assunto, sabe por que? O templo fica cheio de turistas e fieis e os
produtos da “Fé” são vendidos aos milhares. Baianas, cultos afros, mulheres seminuas, políticos, batucadas, mini
trios, porrada, roubo, tudo se mistura numa tremenda festa, onde a luxuria dá o
tom. Há muitos anos, que a festa do Bonfim, pouco teve a ver com a
verdadeira fé, mas pelo menos era uma manifestação do povão, com barracas com comida típicas, cortejo com
as famosas carroças e lógico bebida. Mas hoje? Os tempos mudaram e como
mudaram, até Escola de Samba do Rio teve no negocio. Nada contra, mas Escola de Samba é para o Carnaval. Deveria pelo menos
se respeitar os sentimentos de muitos religiosos que vão ali, em busca de
cultuar sua fé...
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