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sábado, 9 de fevereiro de 2013

CINEASTA AMERICANO CRITICA A AUSÊNCIA DE NEGROS NO PODER NA BAHIA...


foto de A TARDE...


O cineasta norte-americano Spike Lee está impressionado porque os negros na Bahia nem chegam a cargos políticos de destaque na Bahia? Prefeito, governador, senador, nada disto. O pior é que nem mesmo nas secretarias de governo os negros tem vez. E o que é pior, no carnaval os negros servem apenas  para desfilar nas madrugadas com seus blocos Afros e as musicas que chamam atenção dos turistas. O dinheiro, a fama, vão para os artistas brancos. O interesse de Spike está no vereador Sílvio Humberto (PSB), fundador do Instituto Steve Biko e um dos poucos representantes do movimento negro na Câmara Municipal de Salvador. Sílvio é logo surpreendido já na primeira pergunta: por que Salvador, cidade de população predominantemente negra, nunca teve um prefeito, governador ou senadores negros? "Ele achou absurdo o fato da diversidade racial do Brasil não se refletir também nas estruturas de poder. Isso mostra um racismo estrutural na sociedade brasileira", contou o vereador Sílvio Humberto, que cumpre o primeiro mandato na Câmara.


 vereador Sílvio Humberto (PSB)

Captando imagens e entrevistas para o documentário Go, Brazil, Go, Spike Lee veio à Bahia para discutir a questão racial. O filme, que tem previsão de entrar no próximo ano, no festival de Cannes, na França, tem como foco central o atual cenário de avanços do país e protagonismo brasileiro no panorama internacional. Mas também pretende mergulhar a fundo nas contradições de um país que tem como principal marca a diversidade de raças. Desde a sexta-feira, 8, em Salvador, o cineasta já entrevistou e vai entrevistar artistas como Margareth Menezes, Carlinhos Brown e Ivete Sangalo, o presidente do Olodum, João Jorge, o governador Jaques Wagner e o prefeito ACM Neto (DEM), que conversou ontem com o cineasta por cerca de 40 minutos. Na conversa com o prefeito, mais discussão sobre a questão racial na capital baiana.

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