No cartaz ele pede ajuda
Quem diria que o Império
Americano chegaria a situação econômica que se encontra hoje? A pobreza é, cada
dia que passa, uma realidade mais tangível para os norte-americanos.
Acostumadas à fartura e ao desperdício, as famílias que antes da crise
integravam a vasta faixa da classe média naquela sociedade, vêem-se diante de
necessidades básicas que, há algumas décadas, foram resolvidas de forma
artificial.
O crédito fácil, criado por sucessivos golpes bancários no escândalo dos
subprimes, transformou-se no fantasma do desemprego e da fome. Mesmo aquelas
famílias que têm empregos empobrecem. Pesquisa divulgada nesta terça-feira
mostra que os números do empobrecimento continuaram crescendo nos EUA. Mais gente voltou a trabalhar, segundo a
pesquisa realizada com amostragens de 2011, mas geralmente em funções mal
remuneradas no setor de serviços. Segundo o estudo, mais chefes de família
trabalham como caixas, empregados domésticos, garçons e outras atividades em
setores que oferecem baixos salários, baixa carga horária e poucos benefícios.
As vagas são oferecidas dentro do Projeto dos Pobres Trabalhadores, um esforço
da sociedade com financiamento privado, que busca a melhoria da segurança
econômica para famílias de baixa renda.
Segundo o relatório divulgado pela agência inglesa de notícias
Reuters, baseado em dados recentes do
Censo, em 2011 havia 200 mil famílias de “pobres
trabalhadores” a mais do que em 2010. Cerca de 10,4 milhões dessas famílias –
ou 47,5 milhões de norte-americanos – agora vivem na linha da pobreza, definida
nos EUA como
sendo uma renda inferior a US$ 22.811 por ano, para uma família de quatro
pessoas.Na realidade, quase um terço das famílias trabalhadoras dos Estados
Unidos atualmente enfrenta dificuldades, segundo a análise. Em 2007, quando a
recessão nos EUA começou, eram 28%. “Embora muita gente esteja voltando a
trabalhar, elas estão muitas vezes assumindo vagas com salários menores e menos
segurança no emprego, em comparação aos empregos de classe média que tinham
antes da crise econômica”, disse o estudo. As conclusões ocorrem quase três
anos depois de o país ter oficialmente deixado a recessão.
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