Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, foi condenado nesta
quarta-feira a 12 anos de prisão em regime fechado e mil dias-multa por tráfico
de drogas. A decisão é do juiz Marcel Laguna Duque Estrada, da 36ª Vara Criminal
do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Anderson Rosa Mendonça, o
Coelho, chefe do tráfico do Morro do São Carlos, no Estácio, zona norte do Rio,
foi absolvido por falta de provas. Os dois pertencem à facção Amigos dos Amigos
(ADA), segundo o Ministério Público do Rio (MP-RJ). Nesse processo, a dupla
respondia pela "prática reiterada de aquisição, do transporte e
fornecimento de insumos ou produtos químicos destinados a preparação de
substância entorpecente (cloridrato de cocaína)". O processo teve início
após a Polícia Civil do Rio descobrir, em 30 de agosto de 2007, um laboratório
de refino de cocaína na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, então dominada
por Nem. Foram apreendidos produtos
químicos e insumos para a produção de cocaína, bem como outros materiais para a
produção da droga (bacia, holofote, liquidificadores, lâmpadas especiais etc).
Em 2009, a Polícia Civil voltou a estourar dois laboratórios de refino de
cocaína na Rocinha. Atualmente, Nem e Coelho estão na Penitenciária Federal de
Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os dois foram presos em novembro de 2011,
dias antes da ocupação da Favela da Rocinha pelas forças de segurança. A
favela, a maior da zona sul da cidade, possui hoje uma Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP).
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