O Ministério da Previdência anunciou ontem um novo índice de reajuste para os 9,2 milhões de benefícios do INSS com valor acima do piso. Na quarta, o ministério publicou uma portaria com o reajuste de 6,15%, segundo uma estimativa de inflação feita em conjunto com o Ministério da Fazenda. Ontem, porém, o IBGE divulgou o resultado oficial do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 6,2%. Como a legislação proíbe que o reajuste do INSS fique inferior ao INPC, o governo teve de alterar o índice. A nova portaria deve ser publicada hoje no “Diário Oficial” da União, assim como as novas faixas de contribuição previdenciária para os trabalhadores.A mudança do índice não representa uma diferença muito grande no valor do benefício. Por exemplo, um segurado que recebe R$ 1 mil teria direito a R$ 1.061,50 com o índice de 6,15% e R$ 1.062 com o reajuste de 6,2%. O valor máximo de pagamento do INSS ficou em R$ 4.159.Desde 2010, os aposentados que ganham mais do que o piso estão sem aumento real, acima da inflação. “O governo deveria ter um reajuste de acordo com as despesas dos aposentados”, disse João Batista Inocentini, presidente dos Aposentados da Força.O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, descartou qualquer reajuste acima da inflação neste ano.
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