VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER...
O governo federal regulamentou hoje (8) a lei que obriga o 
Sistema Único de Saúde (SUS) a promover cirurgia plástica reparadora de 
sequelas de lesões causadas por violência contra a mulher. As mudanças 
permitirão ampliar o atendimento das mulheres vítimas de agressões, de 
modo que possam reconstruir partes do corpo mutiladas ou fraturadas. A
 partir desta terça-feira, as mulheres violentadas podem utilizar o 
registro de suas denúncias pelo Disque 180 para solicitar o atendimento 
em qualquer unidade básica de saúde. O governo também estabeleceu 
parceria com uma rede de aproximadamente 400 hospitais do Brasil, todos 
referência em cirurgia plástica. Além de cirurgias reparadoras e 
reconstrutivas, passam a fazer parte dos procedimentos o tratamento de 
queimaduras, as cirurgias de pele, sistema nervoso, vias aéreas 
superiores, face, aparelho da visão, cabeça, pescoço e mama, entre 
outros. A regulamentação ocorreu por meio da assinatura de uma 
portaria interministerial, que também estabelece a criação de um código 
para registrar as cirurgias plásticas reparadoras, feitas especificamente
 para esse fim. Com isso, explicou o governo, será mais fácil 
sistematizar as estatísticas sobre atendimentos realizados por conta da 
violência contra a mulher, doméstica ou não. De acordo com a secretária de Políticas para as Mulheres, do 
Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, 
Eleonora Menicucci, além do registro no Disque 180 e do próprio boletim 
de ocorrência, caso haja, as vítimas poderão apresentar o prontuário 
médico do atendimento feito após a agressão sofrida, a fim de solicitar a
 cirurgia reparadora. “Esta mulher será atendida em todo SUS e 
será informada pelo serviço Disque 180 de todo o processo para o 
serviço. A declaração oficial [por meio do Disque 180] significa que não
 necessariamente precisa ser declaração policial”, esclareceu Menicucci. Ao
 participar da cerimônia de assinatura da portaria, a presidente Dilma 
Rousseff disse que a regulamentação é uma “reivindicação histórica” dos 
movimentos feministas.

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