Amanha é a missa de um ano, em memória do delegado Clayton Leão na cidade Camaçari. O delegado foi morto no momento em que
dava entrevista na Radio Líder FM, a minha pessoa e ao companheiro Marco Antonio. Foram um dos momentos mais tristes e dramáticos, vividos por mim e o colega Marco.
Pois ouvimos os gritos de desespero da mulher do delegado, os tiros efetuados contra o mesmo, mas até o momento não conseguíamos imaginar, que Dr. Clayton estava sendo assassinado ao vivo, através da ondas da Rádio, não acreditamos que isto poderia acontecer com alguém como ele, um homem da lei. Ele nos dava uma entrevista por celular, na localidade conhecida como Cascalheira, parou o carro para não dar problemas de falhas de áudio, durante a entrevista. Após ser alvejado, o telefone ficou ligado por alguns minutos,
apenas ouvindo o áudio da dor, do drama de se sua mulher, pedindo socorro. Foi triste, muito triste. até então imaginávamos que Dr. Clayton estava socorrendo alguém envolvido num acidente, ou ele mesmo.
Pensei que após este grave acontecimento, mudariam as coisas em termos de segurança na cidade, e até no país. Ledo engano continua tudo como antes. Camaçari é uma cidade violenta, sem ter um policiamento especial, até pelo tamanho da cidade, que é dividida em duas; a sede e orla marítima com mais de 42 quilômetros. São 250 mil habitantes. Bandidos vem de todos os lugares da Bahia, já que a cidade é uma das mais ricas do nordeste Brasileiro, em virtude do Pólo Petroquímico.
Minha solidariedade a família do jovem delegado, e dos policiais da 18º. Delegacia de Camaçari, que ficaram traumatizados com a perda do grande chefe e colega. Ainda sonho com um policiamento melhor, nesta região, e em nossos pais como um todo...
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