Remédios usados em tratamentos de Fertilização In Vitro (FIV) em mulheres mais velhas podem aumentar os riscos de que elas tenham bebês com Síndrome de Down, dizem especialistas.
Os cientistas já sabem que os riscos de uma mulher ter um filho com a condição aumentam em proporção direta à idade da mãe, especialmente a partir dos 35 anos de idade.Agora, após um estudo pequeno envolvendo 34 casais, pesquisadores da Grã-Bretanha e Alemanha dizem suspeitar de que determinadas drogas usadas para estimular os ovários na FIV em mulheres mais velhas afetem o material genético dentro dos óvulos. O estudo foi apresentado durante uma conferência da European Society of Human Reproduction and Embryology em Estocolmo, na Suécia. A equipe, do London Bridge Fertility, Gynaecology and Genetics Centre, em Londres, Inglaterra, e da Universidade de Bonn, na Alemanha, disse que serão necessárias mais investigações para confirmar sua hipótese. Os pesquisadores dizem também não saber ao certo qual seria a magnitude do risco, mas acreditam que os remédios podem estar associados a outras anomalias genéticas. A Síndrome de Down, também conhecida como Trissomia 21, é um distúrbio genético resultante da presença de três cópias do cromossomo 21 em vez de duas. Toda célula de um indivíduo com a condição contém 47 cromossomos em vez de 46. A condição é caracterizada por problemas de desenvolvimento mental e físico. "O que esse trabalho mostra é que muitas das anomalias não são aquelas convencionalmente associadas à idade. (O estudo) aumenta a preocupação de que algumas das anomalias estejam relacionadas ao tratamento". "Não está muito claro se a medicação em si estaria afetando a qualidade do óvulo ou se a medicação estaria apenas reforçando o problema e excluindo óvulos que o sistema de controle de qualidade da natureza teria descartado (no processo natural de engravidamento)". (Michelle Roberts)
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