Berlim
foi palco do único comentário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre
a Operação Porto Seguro, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no mês passado e
que investiga um esquema de venda de pareceres técnicos, tráfico de influências
e corrupção em órgãos federais."Não,
não fiquei surpreso", disse Lula à imprensa nesta sexta-feira, 7, na
capital alemã, ao ser questionado sobre a operação.Pela manhã, o ex-presidente
apresentou uma palestra para um público de cerca de 900 pessoas no congresso
internacional do Sindicato dos Metalúrgicos da Alemanha.À tarde, Lula foi o
convidado da fundação política alemã Friedrich Ebert para o colóquio sobre o
papel do Brasil na nova ordem mundial que reuniu cerca de 450 pessoas. Além de Lula, participou do evento o líder
da bancada social-democrata no Parlamento alemão, Frank-Walter Steinmeier,
opositor ao partido da chanceler Angela Merkel.No sábado, 8, Luiz Inácio Lula
da Silva segue para Doha, no Catar. Segundo a PF, a organização oferecia propina a funcionários para a
emissão de pareceres e laudos técnicos em favor de empresas com interesse em
processos em andamento no governo.Durante
as investigações, os policiais identificaram a participação de Rosemary Nóvoa
Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, indicada por Lula
para o cargo.As investigações mostraram que o grupo era liderado por Paulo
Vieira, da Agência Nacional de Águas (ANA). Seu irmão, Rubens Vieira, diretor
da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), também é investigado na operação.
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