Governador do Rio Grande do Sul afirma que o partido precisa tirar "severas lições" da Ação Penal 470
Em entrevista ao programa Conversas Cruzadas, da TVCOM,
o governador Tarso Genro afirmou,
na noite de quinta-feira, que o julgamento do mensalão deve
servir para motivar uma reflexão e uma reestruturação do seu partido, o PT.
Tarso também admitiu que a pressão da mídia aos políticos faz parte do processo
democrático e criticou a atuação do relator da Ação Penal 470 no
Supremo Tribunal Federal (STF), ministroJoaquim Barbosa.
A cobertura da mídia; "A mídia faz uma pressão política
e um debate político sobre todos os fatos: a Ação Penal 470 e outros fatos
também. Isso faz parte do jogo democrático, assim como o próprio PTresponder
a essa utilização política da ação penal. É natural num processo
democrático." "Em relação aos fatos que geraram a Ação Penal 470, o
PT tem de fazer uma profunda reflexão e tem de aproveitar essas lições.
Independentemente de as pessoas terem sido condenadas ou não, os fatos que
ocorreram naquele período repetiram retóricas políticas tradicionais do país,
que o PT não deveria ter repetido: um processo de composição de maioria no
Congresso Nacional que, no mínimo, não correspondia a uma aliança programática.
Isso, para nós, basta para fazer uma reflexão. Se daí derivaram delitos — por exemplo,
o Delúbio [Soares] é
confesso. Ele disse: 'olha, eu fiz caixa dois', e do caixa dois decorrem outros
delitos —, aí já é uma questão que tem de ser tratada no âmbito do Poder
Judiciário e do debate jurídico. Agora, do ponto de vista político, nós temos
de tirar severas lições. Eu sou autor de uma tese dentro do partido que diz que
nós temos de fazer uma reflexão e reestruturar, renovar o nosso projeto
partidário."
A
atuação de Joaquim Barbosa
"Eu
acho que o ministro Joaquim Barbosa passou da sua condição de ministro,
julgando juridicamente um caso. Ele se transformou numa espécie de estrela
política do debate, tanto que já foi colocado agora como candidato a presidente
nas pesquisas que estão sendo feitas. Aí tu me perguntas se isso é
antidemocrático ou perverso. Não. [Mas] é errado, do ponto de vista das
funções que tem o Supremo."
(matéria do Zero hora...)
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