MUZENZA NA AVENIDA
Uma
das imagens que mais identificam o Carnaval da Bahia, sem duvida, é imagem dos
Blocos Afros. Até porque aqui, é terra da
negritude, do maior numero de negros depois da África, terra do acarajé,
caruru, vatapá, onde nasceu o samba, e dele surgiram as mais variadas vertentes
como o samba reggae, pagode e etc. Chega a ser engraçado, para não dizer trágico.
Na segunda feira, a Rede Globo que empurra o Carnaval do Rio por segundo, fez um
link com as matérias dos Carnavais da Bahia e Pernambuco. Na hora do Carnaval
dos pernambucanos, eles mostram os seus maracatus e outras expressões da cultura
Afro da aquele estado, e nada de frevo. Na
Bahia, como sempre só o Axé que é mostrado, quem se apresentava era o baladeiro
Tuca Fernandes. Nada de Olodum, Ilê, Muzenza, nada disto. Por aqui, o Carnaval
se resume a Ivete, Daniela, Claudia, Chiclete, Asa e pronto. O Axé por aqui, há muito está em baixa, a galera gosta mesmo é
do pagode, aquele de baixo nível e do arrocha de Pablo, só isto que voce ouve o
dia todo na Bahia. O governador está
preocupado porque este ano o publico foi menor, e ele acha que talvez tenha
sido a greve, acho que não é a mesmice de nosso Carnaval de cartas marcadas,
que afasta o povo e tudo isto, com a violência na avenida. Cordeiros e foliões
trocam socos e pontapés ao longo dos quase 30 quilômetros de folia. Agora até
opera tem na avenida, nada contra, mas opera no carnaval? Carnaval é alegria, é
farra. O povo quer é mesmo é samba, o ritmo afro na rua, que ver a sua
cultura explodindo na Barra, em Ondina, no Campo Grande, e mostrada nas telas
das Redes Globos da vida. Os protagonistas
de nosso Carnaval, se vestem de negro na
folia, se apodera da cultura Afro, mas escondem nada fazem para dar mais
visibilidade a cultura Afro Baiana. É negocio
é feito pra ninguém ver durante a Folia. Hora voce me poupe...
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