Uma pesquisa
de cientistas americanos indica que as fêmeas de uma espécie de
chimpanzé exageram as manifestações de prazer em relações
homossexuais quando estão diante de outros animais que elas
consideram importantes. Pesquisadores
descobriram que as chimpanzés-pigmeus, ou bonobos, fazem mais
barulho durante o sexo quando uma "fêmea alfa" está por
perto. Segundo os cientistas, isso seria uma forma de buscar status.
A pesquisa foi feita com a
espécie Pan
paniscus, que é
considerada "erótica" e "promíscua" por
especialistas, já que existe alta incidência de relações sexuais
– tanto hétero quanto homossexuais. "[O sexo] é usado para
reduzir o estresse e competição, desenvolver laços, expressar e
testar relações sociais e para reconciliar conflitos e consolar
vítimas de traumas", diz Zanna Clay, da Universidade de Emory,
em Atlanta (EUA), que há cinco anos estuda os padrões vocais nas
espécies.Para entender mais a comunicação entre os primatas, Clay
levou uma equipe de cientistas ao santuário Lola Ya Bonobo, na
República Democrática do Congo. As descobertas foram publicadas na
revista científica Scientific
Reports. "Usando
vocalizações, as fêmeas só promovem contatos sexuais com
integrantes importantes do grupo", disse Clay. "Para as
bonobos fêmeas, é tudo uma questão de subir na vida."A equipe
descobriu que as fêmeas consideradas menos importantes pelo grupo
eram as que mais faziam barulho, especialmente quando estavam se
relacionando com as mais importantes.A
pesquisadora acredita que as chimpanzés usam os gritos durante o
sexo como arma estratégica."Como uma fêmea de ranking
inferior, promover uma relação sexual com outra integrante mais
proeminente do grupo pode servir para fortalecer a sua posição
social, ao alertar isso à fêmea alfa."Ao contrário de outros
tipos de chimpanzés, a sociedade dos bonobos não é dominada pelos
machos. Clay acredita que isso acontece devido à forte relação
entre as fêmeas.
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