O governo do Estado vai
tentar resolver amanhã o impasse nas negociações com os professores para a
solução da greve, que já dura 95 dias. Um eventual acordo tem dois objetivos,
ambos políticos: associar a resolução do
conflito à chegada da presidente Dilma Rousseff, que estará em Salvador amanhã,
e evitar que ela possa ser vítima de protestos e vaias, como aconteceu
recentemente em duas oportunidades pelo país. Ontem, após reunião com o
Ministério Público do Estado, pela primeira vez o governador admitiu reabrir as
negociações, coisa que já havia descartado há muito tempo. Em
entrevista à imprensa no final da tarde de ontem, que a Rádio Subaé retransmitiu
às 18 horas, Wagner afirmou que não gostaria de antecipar o que poderia
anunciar hoje à tarde, durante uma reunião que os representantes do governo
esperam que seja a última para anunciar o fim da greve. A nova posição frente ao movimento, que demonstra
interesse genuíno em apressar a solução do conflito, é resultado também da
grande pressão que o governo passou a sofrer por parte de seus candidatos nas
eleições municipais em todo o Estado. O desgaste decorrente do movimento
estaria afetando indistintamente todos os candidatos governistas,
independentemente de pertenceram ao PT.
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