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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CASO BRUNO. DEFESA PEDIRÁ ANULAÇÃO DE JULGAMENTO



Tomada nesta segunda-feira pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, a decisão de excluir do júri do caso Bruno sete jurados que participaram de outro julgamento de um dos réus - o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola - vai levar a defesa a pedir a anulação do julgamento no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Zanone Manuel, advogado defensor de Bola, afirmou que o comportamento da magistrada não está previsto em lei e acusou-a de querer "legislar". No dia 7 deste mês, Bola foi absolvido no julgamento em que respondia pela morte do carcereiro Rogério Martins Novelo, em maio de 2000. Sete jurados envolvidos na decisão estavam no grupo de 33 nomes do qual seriam escolhidos os jurados do atual julgamento - e foram excluídos pela juíza, sob o pretexto de que a experiência poderia comprometer-lhes a imparcialidade."Ela está ali para julgar, não para legislar", afirmou Zanone, argumentando que a decisão da magistrada não está prevista em lei. "Eles têm o direito legal de participar do julgamento". O advogado prometeu recorrer ao TJ-MG com um habeas-corpus para anular o julgamento ou exigir a inclusão dos sete jurados. Ainda de acordo com Zanone, a decisão da magistrada prejudicaria a defesa, por favorecer um perfil de jurado mais sensível ao tema. "Nós sabemos que o promotor quer colocar no júri sete mulheres", afirmou. Segundo Zanone, até pouco antes do meio-dia, o julgamento ainda não havia de fato começado.

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