Tomada nesta
segunda-feira pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, a decisão de excluir
do júri do caso Bruno sete jurados que participaram de outro julgamento de um
dos réus - o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola - vai levar a
defesa a pedir a anulação do julgamento no Tribunal de Justiça de Minas Gerais
(TJ-MG). Zanone Manuel, advogado defensor de Bola, afirmou que o comportamento
da magistrada não está previsto em lei e acusou-a de querer
"legislar".
No dia 7 deste mês, Bola foi absolvido no julgamento em que respondia pela
morte do carcereiro Rogério Martins Novelo, em maio de 2000. Sete jurados
envolvidos na decisão estavam no grupo de 33 nomes do qual seriam escolhidos os
jurados do atual julgamento - e foram excluídos pela juíza, sob o pretexto de
que a experiência poderia comprometer-lhes a imparcialidade."Ela está ali para julgar, não para legislar", afirmou
Zanone, argumentando que a decisão da magistrada não está prevista em lei.
"Eles têm o direito legal de participar do julgamento". O
advogado prometeu recorrer ao TJ-MG com um habeas-corpus para anular o
julgamento ou exigir a inclusão dos sete jurados. Ainda de acordo com Zanone, a
decisão da magistrada prejudicaria a defesa, por favorecer um perfil de jurado
mais sensível ao tema. "Nós sabemos
que o promotor quer colocar no júri sete mulheres", afirmou. Segundo
Zanone, até pouco antes do meio-dia, o julgamento ainda não havia de fato
começado.
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