Imagem arranhada das
famosas Victoria’s Secrets.Trabalho infantil e escravo foi explorado em fazendas de
algodão orgânico em Burkina Faso, na África, que fornecem para produtos da
grife britânica de lingeries Victoria’s Secrets. A informação consta em um relatório de 2008 sobre fazendas certificadas
com selos de comércio justo no país e confirmada por reportagem da agência
norte-americana Bloomberg News,
publicada nesta sexta-feira. O estudo de 2008 da Helvetas Swiss
Intercooperation, organização sediada em Zurique, sugere que “centenas, senão
milhares” de crianças poderiam estar vulneráveis a exploração em fazendas no
país, na produção de algodão empregado em cadeias produtivas de marcas
importantes. O produto era beneficiado e
transformado em roupas em fábricas no Sri Lanka e na Índia. A marca Victoria’s
Secret usa como marketing a informação de que a maior parte do algodão provém
de fazendas com certificação de produção orgânica ou de comércio justo.
Parte das roupas íntimas da grife traz o percentual mínimo de “fibras
orgânicas” que compõe a peça vendida. A empresa nega ter conhecimento do
relatório de 2008. A federação de fazendeiros de Burkina Faso, parceira
comercial responsável por promover os princípios orgânicos e de comércio justo,
também rechaça a hipótese de serem empregadas crianças nas colheitas. Segundo a reportagem da Bloomberg, o caso
mostra fragilidades de certificações de comércio justo. O segmento teve
crescimento de 27% em 2010, alcançando US$ 5,8 bilhões.
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