A ministra Eliana
Calmon, corregedora nacional da Justiçae
pivô da crise entre as associações de juízes e o Conselho Nacional de Justiça,
declarou-se “muito feliz” com adecisão provisória
do Supremo Tribunal Federal que reforçou a competência do CNJ para abrir
processos disciplinares contra magistrados à revelia das corregedorias dos
tribunais.
E admitiu que esse entendimento — ao reforçar “amplos poderes” para o CNJ —
terá “repercussão” no julgamento futuro do mandado de segurança em que a
Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) contesta o ato em que ela
determinou a quebra do sigilo bancário e declarações de renda de magistrados,
servidores e seus familiares, em 22 tribunais, sem autorização judicial prévia.
No entanto, a corregedora fez questão de
esclarecer que a decisão do STF sobre a “competência concorrente” e não apenas
“subsidiária” do CNJ, em face das corregedorias estaduais “ainda é provisória”.
Assim, a liminar do ministro Marco Aurélio continua “em plena eficácia” até a
publicação do acórdão do julgamento. Além disso, ela lembrou que o plenário
do STF só vai concluir o julgamento referente ao referendo da liminar na
próxima quarta-feira, já que ainda serão analisados quatro artigos da Resolução
135/11, atacada na ação de inconstitucionalidade da AMB. Em
entrevista coletiva na sede do CNJ, na tarde desta sexta-feira, Eliana Calmon
disse inicialmente que queria “agradecer ao povo brasileiro à sociedade, que acompanharam
todo esse movimento de cidadania”.
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