Sobre
a greve dis polciais do Rio. O secretário de Segurança Pública,
José Mariano Beltrame, concedeu uma entrevista coletiva por conta da
divulgação do balanço dos índices de criminalidade de 2011 pelo
Instituto de Segurança Pública (ISP), mas o assunto que dominou as
discussões foi a ameaça de greve por parte de policiais civis,
militares e bombeiros, que pode ser decretada na próxima sexta-feira
(10). Beltrame procurou passar
tranquilidade para a população e pregou o diálogo, mas deu a
entender que não vai tolerar que os policiais radicalizem.
Perguntado sobre a possibilidade da paralisação, ele preferiu
contemporizar: "Tenho
o maior respeito pelos policiais, porque também sou um policial. Mas
tudo na vida se consegue com ordem e diálogo. Se olharmos de 2007 a
2013, os policiais vão ter mais de 100% de aumento no período.
Nesse governo há uma opção pela segurança pública. Se tivesse
havido essa mesma política salarial nos anos anteriores, nós não
estaríamos com esse problema atualmente", afirmou Beltrame,
culpando os governos anteriores pela crise com os agentes de
segurança.Beltrame também disse que
caso uma eventual greve aconteça, a população fluminense não
precisa temer uma situação de caos, como ocorre atualmente na Bahia
com a paralisação dos policiais militares. Evasivo, o secretário
se limitou a ressaltar que tem "alternativas":"As
polícias Civil e Militar têm um protocolo de ações para esse e
outros tipos de situações desde o Pan-Americano de 2007. O
compromisso da Secretaria de Segurança é com a paz e a ordem. A
população pode ficar tranquila, porque, se for necessário, temos
vários planos de contingência que podem ser estartados
imediatamente", relatou, sem entrar em detalhes.O homem forte da
segurança pública no Rio de Janeiro adotou um tom de conciliação,
antes de subir o tom contra os policiais.
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