Depois
de três dias marcados declarações acusativas entre autoridades federais e
estaduais por causa da crise na segurança pública em São Paulo, a presidente
Dilma Rousseff telefonou nesta quinta-feira, para o governador Geraldo Alckmin
(PSDB). Os dois acertaram uma ação
conjunta no enfrentamento da criminalidade. O telefonema serviu para apagar o
incêndio criado pela briga entre seus subordinados. Houve acordo em três
pontos: criar um grupo de trabalho entre os governos para decidir ações nas
áreas de segurança pública e da administração penitenciária, transferir presos
de São Paulo para penitenciárias federais e dar às parcerias na área o mesmo
status concedido àquelas que existem na construção do Rodoanel, no programa
Minha Casa Minha Vida e no combate à miséria. No grupo de trabalho, o
governo federal será representado pelo ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, encarregado de manter o diálogo com as autoridades designadas por São
Paulo. Uma reunião envolvendo representantes dos dois lados deve ocorrer na
próxima semana, segundo informou a ministra-chefe da Secretaria de Comunicação
Social, Helena Chagas. O acordo entre os
dois governos foi precedido por uma reunião no Palácio dos Bandeirantes entre o
governador e sua cúpula da segurança pública. Estiveram com Alckmin os
secretários Antonio Ferreira Pinto (Segurança) e Lourival Gomes (Administração
Penitenciária). Ficou acertado que os secretários vão apresentar uma série de
pedidos de possíveis parcerias entre os governos. Depois do telefonema entre
os chefes, o tom dos subordinados mudou. "Aceitamos
de bom grado a ajuda", disse Ferreira Pinto. Durante a semana, ele dizia
que não aceitava demagogia na área e discutiu com o ministro da Justiça, José
Eduardo Martins Cardozo, e com a secretária nacional de Segurança Pública,
Regina Miki.
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