A seca no nordeste brasileiro está entre as questões mais discutidas e noticiadas no Brasil desde os tempos do Império. Dom Pedro II determinou a construção de açudes durante a seca que durou de 1877 a 1879. Desde então, milhares de açudes foram construídos, o que torna, entre outras razões, o nordeste brasileiro o maior detentor de volume de água represado em regiões semiáridas. Mesmo assim, a população de áreas mais pobres do nordeste vem sofrendo com a seca que atinge a região. Segundo números do Ministério da Integração Nacional, 525 municípios do Nordeste estão em situação de emergência, e outros 221 sofrem efeitos da estiagem e aguardam avaliação da Secretaria Nacional de Defesa Civil. A presidente Dilma Rousseff vai
anunciar na próxima terça-feira (2), em Fortaleza (CE), um pacote de medidas de
enfrentamento à seca enfrentada por diversas cidades do interior
nordestino. A Bahia é o estado que conta com o maior número de cidades
afetadas: 226. O
conjunto de ações será conhecido em uma reunião da Superintendência de
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), com a presença de todos os governadores
da região. De acordo com a coluna Tempo Presente do jornal A Tarde deste sábado (30), as intervenções estão constituídas sob
três pilares. Todos os municípios que decretaram emergência ganharão
caçamba, patrol e retroescavadeira para fazer obras preventivas; o Bolsa
Estiagem, que atendeu primeiramente a 60 mil famílias no estado, depois 160 mil
e ainda conta com 180 mil na espera, será prorrogado até julho; o crédito
estiagem, com 40% de rebate (quem toma R$ 10 mil de empréstimo paga R$ 6 mil,
se estiver em dia) e dois anos de carência, embora expirado em fevereiro, será
prorrogado até maio. Especialistas apontam que esta é a pior seca dos últimos
80 anos.
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