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sábado, 18 de agosto de 2012

O IPEA REVELA O NÍVEL DE ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS CAIU PARA 43,9% EM JULHO


  
Levantamento divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) indica que o o nível de endividamento das famílias brasileiras vem caindo no país. Entre junho e julho, a pesquisa mostra que passou de 46,6% para 43,9% o percentual de entrevistados com dívidas. Em julho de 2011, o índice de endividados era 47,9% das famílias. Os dados compõem o Índice de Expectativa das Famílias, que mede a percepção dos brasileiros sobre a economia e caiu de 68,5 pontos, em junho, para 68,2 pontos, em julho. Os indicadores foram apurado em pesquisa mensal do Ipea com 3,8 mil domicílios em 200 municípios do país .O levantamento também aponta mudanças no perfil de endividados no país com a diminuição do percentual de famílias muito endividadas, de 9,1% para 7,1%, entre junho e julho. O índice tinha chegado a 9,7% em agosto de 2011, depois de marcar 9,2% em julho daquele ano. Os mais ou menos endividados em julho deste ano somam 18,8% e os poucos endividados, 18%.Segundo a presidenta do Ipea, Vanessa Petrelli Corrêa, a série mostra uma virada da situação econômica das famílias, com dívidas caindo e aumento da capacidade de pagamento. Segundo ela, os números refletem "estabilidade no emprego e o fato de que famílias estão pagando um ciclo de endividamento". Vanessa acrescenta, porém, que só uma trajetória mais longa pode comprovar a guinada. O levantamento mostra ainda aumento de 14,5% para 17,9% das famílias que afirmam ter condições de pagar totalmente suas dívidas, entre junho e julho, e queda do percentual das que dizem poder pagar somente parte das dívidas ( de 51,2% para 46,8%). O número das que não têm condições de pagar o saldo de débitos, por outro lado, subiu de 33% para 33,3% no período. Nos Estados Unidos - As famílias norte-americanas conseguiram, por meio de uma combinação de poupança e calote nos empréstimos, reduzir o peso da dívida sobre seus orçamentos em 2010 ao menor nível em sete anos, colocando-as em uma posição mais vantajosa para começar a gastar mais. O endividamento total das famílias norte-americanas, incluindo hipotecas e cartões de crédito, caiu pelo segundo ano consecutivo em 2010, atingindo US$ 13,4 trilhões, informou hoje o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

OUTROS DADOS IMPORTANTES DO IPEA

Na comparação do endividamento entre as regiões, famílias com menos dívidas são do Centro-Oeste (92,6%) seguida pelo Sudeste (61%) e pelo Sul (59,8%). Já no Nordeste, o índice cai para 39,9% e para 26% no Norte - que tem o maior percentual de famílias muito endividadas, 9%. Por faixa de renda, as famílias "muito endividadas" recebem até um salário mínimo (10,2%).O Ipea não calculou a relação entre comprometimento da renda domiciliar com as dívidas, que são R$ 4, 5 mil por família, em média, descontando o financiamento da casa própria. A maioria das famílias consultadas na pesquisa disse não ter dívidas (55,8%) e, entre aquelas com saldo de débitos, 17,9% disseram que têm condições de quitá-los completamente, embora uma em cada três famílias entrevistadas não tenham condições de fazer o mesmo. Com relação ao emprego, 80,8% da famílias se sentem seguras com a ocupação do responsável pela casa e 41,1% acreditam na melhoria profissional dos chefes de famílias. A expectativa é mais alta entre aquelas com renda de um a quatro salários mínimos e com mais de dez salários. Na avaliação da maioria (77%), segundo o Ipea, a situação financeira em 2012 é melhor que a de 2011. Boa parte (58,3%) considera o momento bom para comprar bens de consumo duráveis, embora o índice tenha diminuído em relação a junho (60,2%).
                

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