E o
mensalão? Até agora só show dos milionários advogados dos réus desta vergonha
nacional. Advogado Marcelo Luiz Ávila de
Bessa admitiu nesta sexta-feira (10), durante a sustentação oral em defesa do
deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP), no julgamento do mensalão no
Supremo Tribunal Federal (STF), que o parlamentar recebeu dinheiro do PT para
quitar despesas da campanha eleitoral de 2002. O deputado responde pelos crimes formação de quadrilha, corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. Ao defender seu cliente do crime de corrupção
passiva, Bessa afirmou que Costa Neto recebeu recursos na condição de
presidente do partido, na época do PL, e não teria usado seu cargo público, de
deputado, no esquema. O advogado ainda rebateu a acusação do Ministério
Público Federal (MPF) de que o dinheiro era destinado a apoiar votações
importantes do governo, e que o partido já integrava a base aliada do governo
federal. "O PL fazia parte do
governo. O vice-presidente José Alencar fazia parte dos quadros do PL",
disse. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirma, na denúncia,
que Valdemar Costa Neto recebeu, nos anos de 2003 e 2004, a quantia de R$ 8,8
milhões para votar a favor de matérias de interesse do governo federal. O
defensor do deputado explicou que o pagamento do acordo para campanha de 2002
não foi feito, e o PT, por meio do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares,
sugeriu que o PL pegasse um empréstimo a ser pago depois pelo Partido dos
Trabalhadores. Segundo Bessa, em agosto e setembro de 2002, o PL tomou
empréstimo no valor de R$ 5 milhões com Lúcio Funaro, da empresa Guaranhuns.
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