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segunda-feira, 1 de abril de 2013

NÍVEL TÉCNICO E PÚBLICO DOS CAMPEONATOS ESTADUAIS SUL SÃO CADA VEZ PIORES


Estádios vazios

Do jeito que estão, os Estaduais não podem continuar. Essa é a avaliação de boa parte dos dirigentes do País. Ninguém é a favor do fim desses torneios, mas todos pedem mudanças drásticas nos campeonatos de norte a sul. Hoje, eles estão tão desinteressantes que não faltam exemplos absurdos: apenas 770 pessoas foram assistir ao jogo do Vasco contra o Nova Iguaçu, o Atlético-PR mandou um time B a campo e foi excursionar no Exterior, e o Grêmio escalou os juniores enquanto treinava para a Libertadores. Mesmo decadentes tecnicamente, muitos Estaduais são rentáveis. Cada um dos quatro grandes clubes de São Paulo recebe R$ 10,8 milhões em direitos de TV para disputar o Estadual. É esse poder financeiro, inclusive, que diminui a força dos clubes na hora de cobrar mudanças no formato."Se todo mundo sonha com uma liga dos clubes, adiem. Não há ambiente político para isso. Mas é possível conversar a curto prazo", afirmou o diretor executivo do Palmeiras, José Carlos Brunoro, durante seminário para discutir o calendário do futebol brasileiro, realizado no início da semana em São Paulo. Brunoro é contra o fim do Paulistão. Para ele, em um primeiro momento, uma mudança no formato de disputa da competição seria o suficiente para revigorá-la. "A fórmula tem de ser modificada. O nível é ruim", justifica.O zagueiro Paulo André, do Corinthians, que também participou do fórum de debates, chegou a defender que os clubes grandes não deveriam jogar os Estaduais. "Acho que tem de continuar fomentando o esporte e a profissionalização. Eu, por exemplo, joguei a Sexta Divisão (pelo Taboão da Serra) e se ela não existisse talvez eu não estivesse hoje no Corinthians, mas acho que os Estaduais não deveriam ter os clubes das Séries A, B e talvez até da C", afirmou.
SÃO MUITOS JOGOS A MAIORIA SEM VALER NADA....
Mais do que tirar equipes inexpressivas da Primeira Divisão dos Estaduais, os dirigentes pedem mudanças no calendário do futebol brasileiro. Uma das principais queixas é com o fato de os campeonatos não pararem nas datas Fifa. Neymar, por exemplo, ficou 81 dias a serviço da seleção brasileira no ano passado. O Santos chegou a encomendar um estudo de mudança no calendário para apresentar à CBF.A proposta foi elaborada por Amir Somoggi, consultor de marketing e gestão esportiva. Sua ideia é que a temporada brasileira acompanhe o modelo europeu e passe de janeiro a dezembro para agosto de um ano a maio do ano seguinte. Os Estaduais seriam reduzidos para apenas oito datas e o Campeonato Brasileiro se estenderia por toda a temporada. "Quando você reduz o número de jogos, você valoriza a competição. .O treinador campeão do mundo pede mais folgas durante o Estadual. "É preciso ter datas para remanejar os jogos de equipes que terão uma partida decisiva pela frente. Nesse ano, temos três equipes na Libertadores (Corinthians, Palmeiras e São Paulo) e que estão sendo sacrificadas", criticou.O resultado disso está na complicada agenda dos clubes paulistas. Cinco clássicos do Estadual de 2013 foram ofuscados ou por antecederem ou por sucederem confrontos dos times pela Libertadores, competição tratada como prioridade.
Materia completa no Estadão....

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