Levantamento da Comissão Pastoral da
Terra (CPT) indica que o número de pessoas ameaçadas de
morte registrou aumento de 107% este ano. Em 2010, 83 pessoas denunciaram estar
sob risco. Este ano, o número subiu para 172.Os dados fazem parte do
relatório Conflitos no Campo Brasil 2011 e se referem ao
período de janeiro a setembro. De acordo
com a comissão, esse crescimento é reflexo das ações que se desenvolveram após
assassinatos de extrativistas e lideranças do campo, em maio, quando foi
entregue à Secretaria de Direitos Humanos (SDH) uma lista dos ameaçados de
morte na última década, destacando que as ameaças haviam se concretizado em 42
casos. De janeiro a setembro de 2011, foram assassinados 17 trabalhadores do
campo, 32% a menos do que no ano passado, quando foram registrados 25 mortos.A
Região Norte registrou 12 mortes, das quais nove no Pará. De acordo com a
comissão, oito assassinatos ocorreram em decorrência do envolvimento dos
trabalhadores rurais com a luta de defesa do meio ambiente e em conflitos com
fazendeiros e empresários da região.O primeiro crime com grande repercussão foi
o assassinato do casal extrativista Maria
do Espírito Santo e José Cláudio Ribeiro da Silva, em Nova Ipixuna, no Pará, no
dia 24 de maio.Dois dias depois, o assentado Herenilton Pereira dos Santos também foi morto também em Nova Ipixuna.
No dia 27 de maio, o ambientalista e líder Adelino Ramos, um dos sobreviventes
do massacre de Corumbiara (ocorrido em 1995), foi morto em Rondônia.
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