As vezes ainda hoje, mesmo sendo radialista, jornalista, penso que continuo sem voz, assim que nem meu pai...
Na moral a presidente Dilma, é uma mulher forte. Foi presa,
lutou de forma contundente contra tudo isto, e hoje é a maior mandatária do
país e convive muitas vezes com aqueles que estiveram sempre do lado dos torturadores
e ela tem que ser superior a tudo isto. Sim por que hoje muitos dos torturadores,
ou que concordavam com isto, são correligionários dos torturados que tambem
viram políticos. É complicado. Os jovens
torturados, hoje homens de cabelos
grisalhos, também viraram políticos, e muitos deles, não todos, aprenderam
algumas praticas dos torturadores no campo da política perversa e desonesta. Em
memória de nomes como; o ex-deputado Rubens Paiva, o jornalista Vladimir Herzog
e o padre Antônio Henrique Pereira Neto de tantos jovens esperançosos que
morreram de forma brutal por tortura ou fuzilamento, eu não me dou ao desplante
de discutir tudo isto. Em nome da aqueles meus jovens vizinhos que vi, na
rua 15 de novembro no inicio dos anos 70, todos ensanguentados, por lutarem por
liberdade não vou falar sobre isto. Em nome do meu velho pai, que sofria e
gemia com tudo aquilo e nada podia fazer, por causa de mim e de meus irmãos e não
quero falar sobre isto. E fato, que é a
verdade alivia, mas nunca vai curar as dores, os traumas de quem viveu tudo
isto. A luta hoje é para cada um levar a sua própria vantagem e não de uma coletividade....
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