Entendam o motivo dos professores
estarem sempre reivindicando melhores salários e quase nunca são atendidos. O
salário dos professores da educação básica no Brasil registrou, na década
passada, ganhos acima da média dos demais profissionais com nível superior,
fazendo encurtar a distância entre esses dois grupos. Esse avanço, no entanto, foi insuficiente para mudar um quadro de
trágicas consequências para a qualidade do ensino: o magistério segue sendo a
carreira de pior remuneração no país. O Globo mostrou através de dados
do IBGE, que a renda média de um professor do ensino fundamental equivalia, em
2000, a 49% do que ganhavam os demais trabalhadores também com nível superior.
Dez anos depois, esta relação aumentou para 59%. Entre professores do ensino
médio, a variação foi de 60% para 72%. Apesar do avanço, o censo
revela que as carreiras que levam ao magistério seguem sendo as de pior
desempenho. Entre as áreas do ensino
superior com ao menos 50 mil formados na população, os menores rendimentos
foram verificados entre brasileiros que vieram de cursos relacionados a
ciências da Educação — principalmente Pedagogia e formação de professor para os
anos iniciais da educação básica. Em seguida, entre as piores remunerações,
aparecem cursos da área de religião e, novamente, uma carreira de magistério:
formação de professores com especialização em matérias específicas, onde estão
agrupadas licenciaturas em áreas de disciplinas do ensino médio, como Língua
Portuguesa, Matemática, História e Biologia. Aqui na Bahia onde se
tem uma dos ensinos públicos mais deficitários do país, os professores
continuam em greve, por melhoria salarial, já perto de completar 40 dias,
governo e grevistas não chegam num consenso. Os estudantes estão em casa e educação Brasileira cada dia mais, sendo
uma das piores do planeta.
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