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quinta-feira, 3 de maio de 2012

DIA MUNDIAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA



No Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, a organização de direitos humanos Anistia Internacional alerta para a repressão de jornalistas e blogueiros que usam a internet para veicular suas reportagens para milhões de leitores, virtualmente sem fronteiras. As proibições em sites de busca, a aprovação de leis restritivas à liberdade de expressão online e até os custos proibitivos de uso da rede, todas são ações que enfraquecem a democracia nos países, argumentou a organização.Nas Américas, a Anistia destaca principalmente a repressão em Cuba e no México, onde os jornalistas são cerceados seja por oposição ao Estado (Cuba), seja por denunciar esquemas de corrupção e tráfico de drogas (México).Recentemente, o Brasil também tem chamado a atenção das organizações de direitos humanos por causa da morte ou repressão de jornalistas. Apenas neste ano, quatro jornalistas foram assassinados no país.Fora da internet, as Américas têm algumas das regiões mais hostis para a prática do jornalismo independente.Na opinião da Anistia, situação no norte do México talvez seja a mais grave, mas em Honduras e na Colômbia os profissionais que buscam desvendar esquemas de corrupção ou crime organizado também são perseguidos.No Brasil, no início deste ano, a organização Repórteres Sem Fronteiras rebaixou o país para a 99ª posição no seu ranking de 179 países sobre liberdade de imprensa – uma queda de 41 posições –, principalmente pelo "alto nível de violência que afetou os jornalistas em 2011".Na internet, uma das situações mais lembradas é a da blogueira cubana Yoani Sánchez, que chegou a apelar para a presidente Dilma Rousseff, mas teve uma viagem ao Brasil negada pelas autoridades da ilha comunista – a 19ª viagem ao exterior rejeitada.América Latina é uma das regiões mais perigosas para jornalistas.Na Tunísia, os jornalistas que criticam o novo governo são acusados de perturbar a ordem ou contrariar a moral pública. No Egito, apesar da queda do repressivo regime de três décadas de Hosni Mubarak, jornalistas e blogueiros acusam a junta militar que governo o país de prender e interrogar profissionais da imprensa.No Irã, os internautas passaram a ser ameaçados por uma nova força de controle da internet, a polícia cibernética.Já nos regimes autocratas da Europa do leste e Eurásia, os sucessores do antigo bloco soviético reforçaram seu poder sobre os governos, nas palavras da Anistia, "asfixiando os dissidentes, amordaçando as críticas e reprimindo os protestos"."Não foi um bom ano para a liberdade de expressão", afirmou a ONG.

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