Ex-senadora e vereadora de
Maceió,Heloísa Helena confirmou em entrevista, nesta
terça-feira, que realmente pretende deixar o Partido Socialismo e Liberdade
(PSOL), tão logo a amiga, Marina Silva, conclua os trâmites para fundação de
uma outra legenda, também de tendência socialista, mas divergente do qual ela é
fundadora e uma das principais lideranças. Heloísa assinalou suas divergências
com o comando da sigla. A saída já havia sido sinalizada na coluna Esplanada, do
jornalista Leandro Mazzini, aqui no Correio do Brasil. Ao
colunista, Heloísa Helena afirmou
que está apenas esperando a também ex-senadora Marina Silva iniciar o processo
pela criação de uma nova legenda. Segundo informou ao colunista, sua saída do
partido tem uma motivação: – As centelhas que o Psol criou foram grandes e todo
partido tem malandros. A saída de
Heloísa Helena não pegou de surpresa os dirigentes da legenda, no Rio de
Janeiro, foco principal das dissidências entre ela e a direção partidária.
Segundo um dos líderes da legenda, que prefere o anonimato para “não apagar o
fogo com gasolina”, os espaços da ex-senadora estavam diminuindo na agremiação,
na medida em que aumenta o prestígio de outros nomes junto ao eleitorado. A
situação se agravou com a descoberta de que um candidato da legenda, no Rio,
estava ligado às milícias. Ele fazia campanha para o candidato Marcelo
Freixo, que rejeitou qualquer participação na escolha do postulante à Câmara
dos Vereadores.
SHOW PARA ARRECADAR RECURSOS GERA PROBLEMA....
Freixo e Caetano...
Os problemas do PSOL, no entanto, não terminam com o anúncio de
Heloísa Helena, em pleno processo eleitoral. Os organizadores do evento haviam confirmado, para esta terça-feira, o
show Primavera Carioca, com Caetano
Veloso, Chico Buarque e o Trio Preto +1 (Pretinho da Serrinha, Miudinho, Nenê
Brown e Didão), para arrecadar recursos para a campanha política do candidato à
prefeitura. Marcelo Freixo, porém, está impedido de assistir à apresentação.
Embora não compreenda o motivo da sua proibição pois, segundo Freixo, não se
trata de showmício, ele disse que vai cumprir o que manda a lei.– Durante
muitos anos aconteceram os showmícios, que foram proibidos por representar
abuso do poder econômico. O nosso caso é exatamente oposto. Não estamos pagando
para ninguém animar o público, como acontece num showmício. É apenas um show de
amigos que acreditam numa nova proposta de política, e que pretendem doar a
renda para essa campanha. Mas já que a
justiça proibiu, eu não vou – afirmou. Caetano
Veloso, um dos principais apoiadores de Freixo, também não entendeu o motivo da
proibição. – Acho errado, não entendi o motivo. Mas já era esperado – afirmou.O
show acontece no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, a partir das 21h.
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