Estados Unidos e Brasil juntos em combate a Zika
Os Estados Unidos estão ampliando uma agenda positiva de colaboração
com entidades científicas brasileiras com o objetivo de combater o
avanço do vírus Zika em todo o mundo, informou à Agência Brasil o
Instituto Norte-Americano de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) -
organização que coordena pesquisas para combater doenças infecciosas,
imunológicas e alérgicas. Um dos objetivos dessa agenda, que envolve
também cientistas de outros países, é desenvolver uma vacina destinada a
evitar a infecção pelo Zika.O embaixador do Brasil nos Estados
Unidos, Luiz Alberto Figueiredo Machado, informou que a cooperação entre
instituições norte-americanas e brasileiras de pesquisa já vinha
ocorrendo para combater a dengue. Segundo ele, a ampliação dessa
cooperação, com o objetivo de incluir o combate ao Zika, foi o assunto
mencionado no telefonema da presidenta Dilma Rousseff ao presidente
Barack Obama, em 29 de janeiro último. “O vírus Zika gerou uma crise
[de saúde] global e tem de ser atacado por todos os meios possíveis”,
disse o embaixador. O governo norte-americano pediu autorização
do Congresso para a liberação de US$ 1,8 bilhão para combater o vírus
Zika, Parte desse dinheiro (US$ 41 milhões) será alocada pelo
Departamento de Estado dos Estados Unidos em outros países. O
diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados
Unidos, Tom Frieden, considera importante a aprovação desses recursos
emergenciais. No entanto, ele alerta para a necessidade de que sejam
adotados procedimentos práticos e imediatos: "Reduzir a ameaça do Zika
não vai ser rápido ou fácil", disse Frieden. E acrescentou: "É muito
difícil para um país se livrar dos mosquitos que transmitem o vírus, e a
aparente conexão com microcefalia é sem precedentes”. Segundo
Frieden, “a prioridade agora é reduzir o risco para as mulheres
grávidas, para que possam proteger a sua saúde e a de seus bebês".O
Zika atualmente está circulando em cerca de 30 países, especialmente na
América Latina e no Caribe.A necessidade do desenvolvimento da vacina
contra o vírus foi mencionada também em uma declaração conjunta,
assinada por representantes do Instituto Nacional de Saúde dos Estados
Unidos e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Brasil, em Manaus, em
dezembro de 2015. Desde então, técnicos dos dois institutos vêm
se reunindo frequentemente com o objetivo de aprofundar as pesquisas
sobre o tema, informou o Niaid. As discussões entre as duas entidades
ganharam relevância à medida que, coincidentemente, a epidemia se
espalhou no Brasil e em outros países – no início deste ano.
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