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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A Zika. Estados Unidos anunciam caso de transmissão do zika atraves da relção sexual...


Os Estados Unidos já têm seu primeiro caso continental de infecção por transmissão local do zika vírus. Foi registrado no condado de Dallas, Texas, e de acordo com as autoridades locais foi produzido por via sexual, uma forma muito menos frequente do que por meio da picada de um mosquito infectado, que continua sendo a principal preocupação dos pesquisadores. O paciente –do qual sequer o sexo foi revelado– foi infectado com o vírus “depois de ter mantido contato sexual com uma pessoa doente que havia regressado de um país onde o zika vírus está presente”, afirmou o Serviço de Saúde do Condado de Dallas (DCHHS, na sigla em inglês) em um comunicado. De acordo com a informação oficial de Dallas, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), órgão federal responsável nos Estados Unidos, teria confirmado o caso de transmissão sexual. No entanto, um porta-voz do CDC, Tom Skinner, disse à agência France Presse que o órgão “não investigou a forma pela qual se deu a transmissão da infecção”, limitando-se a confirmar que se tratava de um caso de zika. Em uma teleconferência com jornalistas na semana passada, a subdiretora do CDC, Anne Schuchat, disse que sabia de “um caso relatado de zika vírus por possível transmissão sexual”. Estudos do CDC e da Organização Mundial da Saúde (OMS) fazem referência a dois casos precedentes estudados. O primeiro seria o de um norte-americano que foi infectado em 2008 pelo zika vírus no Senegal e, ao retornar aos Estados Unidos, começou a sentir os sintomas. Tais sintomas também foram sentidos por sua esposa, que não havia viajado com ele e com quem tinha tido relações sexuais logo após o retorno do Senegal, razão pela qual os cientistas consideravam que era possível que fosse um caso de transmissão sexual, embora não se tenha chegado a investigar a presença do vírus no sêmen do paciente. Mas foram encontrados restos do vírus em outro paciente que tinha tido a doença duas semanas antes em 2013, no Taiti. Segundo a OMS, apesar desses casos documentados “o impacto desse tipo de transmissão em saúde pública ainda não foi avaliado”. Mas, continua, em todo caso, e “de acordo com as evidências disponíveis, seria um mecanismo pouco frequente de propagação da doença”.

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